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| Thu Jul 25 16:19:00 CEST 2019 |

Confiança do Consumidor recua em julho e se mantém em um dos níveis mais baixos da série histórica

Fonte: FGV

Em médias móveis trimestrais, o indicador registrou a quinta queda consecutiva, acumulando perda de 7,5 pontos.
 
 
Confiança do Consumidor recua em julho e se mantém em um dos níveis mais baixos da série histórica

Índice de Confiança do Consumidor (ICC), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), recuou 0,4 ponto em julho, para 88,1 pontos, mantendo-se em nível baixo em termos históricos. Em médias móveis trimestrais, o indicador registrou a quinta queda consecutiva, acumulando perda de 7,5 pontos.

“Após subir no mês anterior, a confiança do consumidor ficou relativamente estável em julho. Houve muita heterogeneidade nas respostas: entre consumidores de maior poder aquisitivo, o otimismo aumentou; entre os demais, as expectativas continuaram sendo revisadas para baixo. Aparentemente, para o consumidor de baixa renda, a preocupação com o mercado de trabalho e com a situação financeira familiar são ainda os fatores de maior peso a determinar os movimentos da confiança neste ano”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens.

Em julho, a satisfação em relação ao momento atual melhorou enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 1,9 ponto, para 75,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,0 pontos, para 97,7 pontos, permanecendo abaixo do patamar de 100 pontos pelo quarto mês consecutivo.

Com relação à situação presente, o indicador que mede o grau de satisfação com a economia subiu 0,9 ponto, movimento idêntico ao registrado no mês anterior. No mesmo período, as avaliações sobre a situação financeira das famílias melhoraram após dois meses em baixa. Com a alta de 2,8 pontos, o indicador atingiu 70,2 pontos, nível ainda muito baixo em termos históricos.

Quanto às perspectivas para os meses seguintes, o indicador que mede o otimismo quanto à evolução da situação financeira das famílias foi o que mais contribuiu para a queda da confiança no mês, ao cair 4,1 pontos, para 94,9 pontos, influenciando negativamente a intenção de bens duráveis, cuja queda pelo 2º mês consecutivo acumula 8,0 pontos, atingindo o patamar de 83,1 pontos, o menor desde setembro de 2018 (82,3).

A queda da confiança em julho ocorreu em todas as classes de renda, exceto para os consumidores com renda familiar mensal superior a R$ 9.600. A confiança dos consumidores de maior poder aquisitivo subiu 4,0 pontos, atingindo 93,0 pontos, influenciado pelo aumento do otimismo com a situação econômica futura e maior ímpeto para compras de bens duráveis, que chega a nível próximo a 100 pontos. Em contrapartida, as famílias com menor poder aquisitivo (até R$ 4.800) são as com menor nível de confiança e menos otimistas com o futuro.