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| Fri Aug 30 19:41:00 CEST 2019 |

#MulheresNasGeociências: Nayhara Lima, técnica da CPRM, fala sobre a importância da luta feminina por espaço nas Geociências

Fonte: CPRM

 Nayhara Lima durante extração dos dados para análise química da Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (RIMAS)

Nayhara Lima durante extração dos dados para análise química da Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (RIMAS)

Nayhara Lima é técnica em hidrologia no Serviço Geológico do Brasil (CPRM) desde de 2013 e faz parte da equipe de hidrogeologia da Superintendência Regional de Goiás (Sureg-GO). Ela atua em projetos de grande relevância social, econômica e ambiental, como o SIAGAS (Sistema de Informação de Águas Subterrâneas) e a RIMAS (Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas). Segundo Nayhara, esses estudos permitem caracterizar de forma quantitativa e qualitativa um bem muito precioso, a água.

 Nayhara durante coleta de água subterrânea para o projeto RIMAS

Nayhara durante coleta de água subterrânea para o projeto RIMAS

Mas o seu caminho até aqui não foi fácil. Em um contexto ainda predominantemente masculino, Nayhara superou e ainda supera o preconceito de gênero em sua profissão. “Uma mulher das geociências convive diariamente com preconceitos, piadinhas e ironias, principalmente durante os trabalhos de campo. Quando recebi o resultado da aprovação no concurso questionaram se eu iria largar o salto para colocar a botina para ir ao campo ou se conseguiria carregar um barco”, desabafa.

Nayhara conta que por vezes sentiu que não tinha oportunidade de ir ao campo por acharem que ela não era capaz de exercer as tarefas pelo simples fato de ser mulher, mas hoje, ela vê mudanças: “Em cinco anos de empresa percebo o quanto isso mudou para melhor. Os novos gestores têm dado uma maior visibilidade às mulheres e hoje tenho oportunidade de trabalhar tanto no escritório quanto no campo”, ressalta.

Como conselho para futuras geocientistas, Nayhara destaca a persistência como ponto-chave e pede que as mulheres não desistam por conta de comentários maldoso. Ela acrescenta ainda que esta é uma área que exige empenho por uma causa individual, mas também coletiva. “Individual porque não podemos desistir dos nossos objetivos pessoais mesmo que para isso precisemos trilhar caminhos dolorosos. Coletivo porque antes de mim e de você, outras mulheres lutaram para que hoje possamos desfrutar de um ambiente mais acolhedor nas geociências”.

A valentia, o posicionamento e a luta pelo espaço feminino também são fundamentais para as meninas e mulheres que optam por essa carreira, conforme destacou a técnica em Geociências. Apesar das dificuldades da inserção feminina, Nayhara coloca a carreira geocientífica como sendo muito gratificante. “Estudar ao menos uma pequena parcela de toda essa dinâmica intrigante e complexa que envolve a Terra e disseminar esse conhecimento a toda a sociedade proporciona um sentimento único de saber que você é importante nesse mundo”, finaliza.


- Acesse o portal SIAGAS: http://siagasweb.cprm.gov.br/

- Acesse o portal da RIMAS: http://rimasweb.cprm.gov.br/

Lorena Amaro
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
lorena.costa@cprm.gov.br
(21) 2295-4641